sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Relógio

Porque rodas tu relógio
Como se quisesses voltar
Numa corrida louca
Sempre ao mesmo lugar?

E porque não páras tu
Em resoluta imobilidade
Quando chega sem aviso
O fim de uma idade?

Minutos que desgastas
Em certezas de chegar
E nem um ousa sequer

Em revolta espectacular
Rodar contra o destino
Dessa vida que arrastas.

Beja, 18.11.2009

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